O AMOR DO SENHOR ABADE
Há muito, muito tempo, havia um padre que fazia os seus serviços religiosos numa freguesia. Acontece que a certa altura o padre se engraçou da mulher que fazia a limpeza da igreja. Para que ningém descobrisse o que se passava, conbinaram que ele a havia de tratar por
Acha, E assim foi. Era Acha para cima e Acha para baixo e ninguém sabia do que o abade estava a falar.
Mas o diabo tece-as e, passado um tempo, o povo começou a desconfiar que havia alguma coisa entre a dita mulher e o abade. Fizeram queixa ao bispo, que mandou o padre sair da freguesia.
O abade, que se queria despedir da amada, mas sem ninguém dar por isso, combinou logo uma missa de festa para de se despedir do pessoal da freguesia e da sua querida Acha.
A certa altura do sermão, o padre, que era conhecido por pregar muito bem, começou a dizer assim para se despedir:
- Temos que amar muito a Deus, pois quem a Deus procura adeus Acha, quem procura a deus Acha! Com muito amor adeus Acha,
adeus Acha. De todos vós me despeço, adeus Acha, adeus Acha, adeus Acha.
Contos Tradicionais Açorianos
De; Vitória Botelho- S. Miguel
Postado, por Fernandinha
Monday, June 09, 2008
Wednesday, June 04, 2008
A Abelha ainda não chegou com o mel
Uma certa vez estavam uns homens segando trigo, centeio e cevada nas terras, o que tinha resistido á seca, pois o ano tinha sido muito seco e já não restava pão pra comer. Entretanto chegou a hora de jantar, mas, quando disserem ao dono da terra que tava na hora de comer, ele disse:
- A abelha ainda não chegou com o mel,
Os outros não perceberam o que ele queria dizer e pensaram que ele tava à espera da mulher que se tava ademorar pra vir trazer o jantar.
Os outros já tavam fartos de esperar e disseram outra vez pra irem jantar. Mas ele respondeu outra vez:
- A abelha ainda não chegou com o mel.
Depois de passadas algumas horas, o homem disse:
- A abelha já chegou! Vamos comer.
E todos vieram a correr, atiraram as suas foices e sentaram-se pra comer. Ele tirou da saca um bolo de raiz e folhas de feito e começou a comê-lo cheio de vontade.
Os outros ficaram admirados porque não viam o mel e perguntaram:
- Onde é que tá o mel ?
Ele começou a rir e disse:
- A abelha que ia trazer o mel era a grandessíssima fome que agora já tenho e que me faz com que este bolo amargo me saiba a mel.
Contos Tradicionais Açoreanos:
José do Alto, 84 anos-Santo Antão, Santa Maria.
Postado por, Fernandinha
Lisboa, 04 de Junho de 2008
Uma certa vez estavam uns homens segando trigo, centeio e cevada nas terras, o que tinha resistido á seca, pois o ano tinha sido muito seco e já não restava pão pra comer. Entretanto chegou a hora de jantar, mas, quando disserem ao dono da terra que tava na hora de comer, ele disse:
- A abelha ainda não chegou com o mel,
Os outros não perceberam o que ele queria dizer e pensaram que ele tava à espera da mulher que se tava ademorar pra vir trazer o jantar.
Os outros já tavam fartos de esperar e disseram outra vez pra irem jantar. Mas ele respondeu outra vez:
- A abelha ainda não chegou com o mel.
Depois de passadas algumas horas, o homem disse:
- A abelha já chegou! Vamos comer.
E todos vieram a correr, atiraram as suas foices e sentaram-se pra comer. Ele tirou da saca um bolo de raiz e folhas de feito e começou a comê-lo cheio de vontade.
Os outros ficaram admirados porque não viam o mel e perguntaram:
- Onde é que tá o mel ?
Ele começou a rir e disse:
- A abelha que ia trazer o mel era a grandessíssima fome que agora já tenho e que me faz com que este bolo amargo me saiba a mel.
Contos Tradicionais Açoreanos:
José do Alto, 84 anos-Santo Antão, Santa Maria.
Postado por, Fernandinha
Lisboa, 04 de Junho de 2008
Monday, June 02, 2008
A TORRE DA LUA
Era uma vez um rapaz que queria ver o palácio da torre da lua.
Então um dia o rapaz fez-se ao caminho e encontrou um homem novo e pergunto-lhe
- Sabes aonde é que fica a Torre da Lua ?
O homem disse:
- Não sei, mas meu pai vem aí, pode ser que saiba.
O rapaz continhuou o seu caminho e encontrou um senhor mais velho, voltou-lhe a fazer a pergunta e ele respondeu:
- Não sei, mas meu pai vem aí, pode ser que saiba.
O rapaz achou estranho aquele homem já velho ainda ter o pai vivo, mas lá continuou o seu caminho e encontrou um senhor com uma bengala e voltou a fazer a mesma pergunta e ele respondeu-lhe a mesma coisa:
- Não sei, mas meu pai vem aí, pode ser que saiba.
O rapaz continuou o seu caminho e encontrou um homem com duas bengalas. O rapaz voltou a perguntar:
- Sabe onde é que fica a Torre da Lua ?
O velhinho disse:
- Eu não sei, mas o meu pai dizia que tinha que se andar muito, muito para lá chegar.
O rapaz, cansado de tanto andar, acabou por adormecer na beira do caminho.
Quando acordou, continuou o seguir o seu caminho que parecia não ter fim. À medida que caminhava, o caminho começou a iluminar-se e a luz era cada vez maior e , por fim, viu lá no fundo uma claridade muito forte. Caminhou para a luz que o chamava.
- Andou durante três dias seguidos, cansado e sem comida. Ao fim do terceiro dia avistou lá ao longe um grande palácio, com uma grande torre luminosa.
- Dirigiu-se para lá e, à entrada, encontrou um guarda do rei a quem perguntou:- Que palácio é este, que nunca vi outro igual ?
- É a torre da lua. Aqui as pessoas vivem sempre contentes porque esta luz transforma-as e ficam sempre alegres e satisfeitas.
Soube então que aquele palácio era governado por um rei, que ali vivia, rica vida, com a sua mulher a rainha e as suas três filhas princesas.
-Então o rapaz disse:
-Era este o palácio que eu procurava. Posso ficar a viver aqui, a vida que tanto desejei ?
O pagem disse que ia falar com o rei, para que lhe arranjasse maneira de ali ficar. O rei, como bom homem que era, aceitou-o e assim o rapaz passou a trabalhar de jardineiro no palácio.
- Certo dia quando por ali passeava entre as flores do jardim a princesinha mais nova, de dezoito anos de idade, encontrou os olhos do jardineiro postos nos seus, por quem veio a apaixonar-se.
- Mais tarde casaram e foram muito felizes e para sempre ficaram a viver naquele palácio encantado da Torre da Lua.
Contos Tradicionais Açoreanos.
De mariana da Glória Ferreira, de 88 anos, Faial
Postado por, Fernandinha
Era uma vez um rapaz que queria ver o palácio da torre da lua.
Então um dia o rapaz fez-se ao caminho e encontrou um homem novo e pergunto-lhe
- Sabes aonde é que fica a Torre da Lua ?
O homem disse:
- Não sei, mas meu pai vem aí, pode ser que saiba.
O rapaz continhuou o seu caminho e encontrou um senhor mais velho, voltou-lhe a fazer a pergunta e ele respondeu:
- Não sei, mas meu pai vem aí, pode ser que saiba.
O rapaz achou estranho aquele homem já velho ainda ter o pai vivo, mas lá continuou o seu caminho e encontrou um senhor com uma bengala e voltou a fazer a mesma pergunta e ele respondeu-lhe a mesma coisa:
- Não sei, mas meu pai vem aí, pode ser que saiba.
O rapaz continuou o seu caminho e encontrou um homem com duas bengalas. O rapaz voltou a perguntar:
- Sabe onde é que fica a Torre da Lua ?
O velhinho disse:
- Eu não sei, mas o meu pai dizia que tinha que se andar muito, muito para lá chegar.
O rapaz, cansado de tanto andar, acabou por adormecer na beira do caminho.
Quando acordou, continuou o seguir o seu caminho que parecia não ter fim. À medida que caminhava, o caminho começou a iluminar-se e a luz era cada vez maior e , por fim, viu lá no fundo uma claridade muito forte. Caminhou para a luz que o chamava.
- Andou durante três dias seguidos, cansado e sem comida. Ao fim do terceiro dia avistou lá ao longe um grande palácio, com uma grande torre luminosa.
- Dirigiu-se para lá e, à entrada, encontrou um guarda do rei a quem perguntou:- Que palácio é este, que nunca vi outro igual ?
- É a torre da lua. Aqui as pessoas vivem sempre contentes porque esta luz transforma-as e ficam sempre alegres e satisfeitas.
Soube então que aquele palácio era governado por um rei, que ali vivia, rica vida, com a sua mulher a rainha e as suas três filhas princesas.
-Então o rapaz disse:
-Era este o palácio que eu procurava. Posso ficar a viver aqui, a vida que tanto desejei ?
O pagem disse que ia falar com o rei, para que lhe arranjasse maneira de ali ficar. O rei, como bom homem que era, aceitou-o e assim o rapaz passou a trabalhar de jardineiro no palácio.
- Certo dia quando por ali passeava entre as flores do jardim a princesinha mais nova, de dezoito anos de idade, encontrou os olhos do jardineiro postos nos seus, por quem veio a apaixonar-se.
- Mais tarde casaram e foram muito felizes e para sempre ficaram a viver naquele palácio encantado da Torre da Lua.
Contos Tradicionais Açoreanos.
De mariana da Glória Ferreira, de 88 anos, Faial
Postado por, Fernandinha
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