Saturday, December 29, 2007

IGREJA DE SANTA BÁRBARA;
O texto correspondente a esta igreja está na página seguinte.

Fernanda
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Saturday, December 22, 2007

FAIAL - CEDROS - Freguesia

A existência de muitos cedros deu origem ao nome desta freguesia, que foi fundada
Por volta de 1594. No entanto, o lugar dos Cedros foi um dos primeiros povoados da ilha, tendo sido ocupado por pessoas vindas da ilha Terceira, em finais do séc. XV.


IGREJA DE SANTA BÁRBARA

Igreja de aspecto modernista, tanto a nível do exterior como do interior, foi aberta
Ao culto em 1977, na sequência da destruição da primitiva igreja por um incêndio.
Danificada pelo sismo de 1998, iniciaram-se os trabalhos de reconstrução.

A igreja primitiva datava do terceiro quartel do século XVI e tinha influências góticas.
Ruiu em 1971, tendo apenas sobrado a torre e o arco do portal.

O portal manuelino da igreja, construído em pedra basáltica, destaca-se pela sua singeleza, mas de uma grande exuberância, apresentando motivos de inspiração vegetalista e antropológica, bem característicos deste estilo arquitectónico.

SANTA BÁRBARA

SANTA BÀRBARA - Foi uma mártir de extraordinária beleza,
Do começo do século IV. Por ser cristã, o próprio pai entrega-a
Aos juízes, que a mandam decapitar. Após tomada essa decisão,
Dióscoro, seu pai, é fulminado por um raio. O seu culto é anterior
Ao século IX e iniciou-se, provavelmente, no séc. VII.
Santa Bárbara é padroeira dos artilheiros e mineiros e relembrada
Sempre que há trovoada. Na iconografia, aparece representada
Com uma torre com três janelas (onde teria sido encarcerada pelo
Pai ), uma palma (símbolo do martírio ) e um cálice de água benta
Na mão. Festa a 4 de Dezembro.

Alguns elementos, retirei do Guia do Património Cultural do Faial.

Santa Bárbara, a minha protectora.

Fernanda

Friday, December 14, 2007

Mulher oprimida

Oh! Mulher oprimida e triste,
Não temas mais o teu mundo!
Liberta-te, luta e persiste!
Não continues em choro profundo!

És margarida pálida, sem luar,

Crê numa
vida com sorriso,
Descobre a essência do teu ser,
Mas não te iludas com o paraíso:
Aceita-te e constrói-te para viver!




Lamuriosa, na neve soterrada,
Prisioneira, de agonia no olhar,
De solidão silenciosa inundada.

Tu, ave graciosa, de asas feridas,
Taciturna, em bosque de nevoeiro,
Acossada, de ambições perdidas,
Levanta o teu voo, sai do cativeiro!


Fernanda

Monday, December 03, 2007

Paixão





Sol, calor, paixão, bruma do mar,
Beijo salgado, espuma envolvente,
Onda que sabes arrebatar
Corpos bronzeados,
Na areia quente!
De um azul cintilante,
O céu confunde-se
Com o mar;
Aquele molha a areia
Escaldante,
Prometendo-lhe,
Para sempre a amar!


Fernanda

Friday, November 23, 2007

A NOITE PASSA

...E a noite passa,
...e o sono aparta,
...de mim e de ti!
Dúvidas que me restavam,
mágoas que me arrasavam,
e tudo o mais que sofri!

Se corresse por este mundo fora,
vibraria em mim onda de alegria,
não veria paixão como a de agora,
ou maior sorrir ou tanta harmonia!

Contigo vou sonhar, bem acordada,
para sentir teus passos no caminho,
se chegares tarde, já de madrugada,
abrirei meus braços, dar-te-ei carinho.

Fernanda

Thursday, November 08, 2007

AMAR, AMAR, AMAR...

Porém, amar e saber amar
para o amor não cansar...

Ama, exige ser amado
sem Excessos de paixão
porque o ser apaixonado
deixa de ver a razão.

E o amar cegamente,
ainda que não o pareça ,
tem levado muita gente
a portar-se infantilmente
e a perder a cabeça.

Num amor equilibrado
cada um dos dois assume
o controlo do seu lado,
sem escravizar, sem ciúme,
saber amar e ser amado
não há mais belo perfume.

Amar com sinceridade,
sem nada ter que inventar
dando o que se tem p'ra dar,
naturalmente, à vontade,
È amor, é lealdade
que nunca vai saturar
e jamais pode acabar.

Amar demais é loucura,
amar de menos cinismo,
mas, amar com egoísmo,
é muito pior, satura!
portanto se amares, procura,
amar com conta e medida
para não teres na vida
um amor que é uma tortura.

Fernanda

Friday, November 02, 2007

SOU FELIZ

Canto
mas ninguém me está a ouvir.
Danço
Mas ninguém me está a olhar.
Ouço a felicidade invadir
a minha alma, que dança sem par!

Que me importam eles e elas
se não me tem amor?
Tenho-te a ti bom amigo,
basta-me o teu resplendor.

Não és nome para mim,
és a minha companhia,
tens o odor do jasmim,
trazes contigo a alegria.

Sorriso gesto tão belo,
quando sai do coração,
fugiu-me, foi ter contigo,
guarda-o bem na tua mão.

Como sou feliz agora
Sorrio e danço a cantar,
solto de mim males de outrora
Consigo de novo sonhar
até ao nascer da aurora!

Fernanda

Monday, October 15, 2007

PERFUME DE ROSA

Um gélido olhar distante,
apesar de não ferir,
faz doer...
Um grito dilacerante,
apesar de não se ouvir,
faz temer...

Dói bem fundo, o pressentir
a dureza do desgosto,
gelar o nobre sorrir,
lesar a perfeição do rosto.
Dói bem fundo o descobrir,
que tal sofrer é profundo
por não conseguir abolir,
os males que grassam no mundo.

Sentir o sorrir, o chorar,
a gargalhada, o grito,
olhar quem cala o penar,
beijar um ser aflito,
são indícios grandiosos,
de uma vida generosa,
laços tão silenciosos
como perfume de rosa.

Não cales o teu sofrer,
divide-o com os demais,
sempre que o sintas doer,
solta teus pungentes ais!
Está Alguém ao teu lado ,
transparente como o ar,
abraçando com cuidado
teu coração a chorar!

Fala como se O ouvisses.
Sorri como se o Sentisses.
Deixa vogar teu martírio,
nesse Ar que te abraça,
abençoa o Seu auxilío,
sentirás a Sua Graça!
Terás a candura de um cílio,
mesmo se a chama for escassa.

Fernanda

Monday, October 08, 2007

INVENTANDO

Dos colares do Céu vindos:
Pássaros, abelhas e formigas,
em contos, em fábulas antigas,
nas cinzas dos serões findos.

Fada, com vara de jasmim,
Raínha, em brincos de princesa,
mendigando uma singela realeza,
na flor do canteiro do jardim.

Verdes, verde limoeiro,
sol do mundo limão,
prado de um coração,
no seu amor primeiro.

Cheira a flor de laranjeira,
à branca pureza angilical,
à palpitada essência virtual,
nesta inspiração derradeira.

A inspiração agora esperada
transporta-a a força vento...
Para esse dono eu invento
O verso, a letra já levada.

Fernanda

Monday, October 01, 2007

DETIDA ILUSÃO

Já não tenho coração!

A vida é um nada indeferente.
O sonho, não o tenho no presente.
O futuro, horizonte de esperança vã.

Perdi-me do sonho,
perdi-me da vida,
perdi-me de mim,
alma ressequida.

Ligo o rádio.
Ligo a televisão.
Ligo-me ao mundo...
E nada detém
esta encurvante consumidora,
essa arrebatante dominadora.

Pura ilusão!
A alma fica, subitamente, ensolarada.

Novo mel fabricado no coração.

Em jeito de crepúsculo estival
entro pela manhã orvalhada,
subtilmente perfumada
de esperanças floridas,
de esperanças julgadas perdidas.


Fernanda

Monday, September 24, 2007

SÚPLICA

Mãe,
teu nome inspira ternura,
tua voz acalenta e seduz;
vou dar-te toda a ventura,
quando me deres à luz.

Mãe, mãe,
porque não escutas ?
sente o bater do meu coração!

Mãe,
porque não sentes
o teu sangue a circular em mim?!

Mãezinha,
porque choras?
Eu Amo-te!

O Pai ?
não importa.
Temo-nos um ao outro.

Não me queres ?

Não! Não me mates.

Mãe, eu quero viver!


Fernanda

Sunday, September 16, 2007

LÁ NA ORIGEM

Casas erguidas no ventre da montanha,
cantares do povo, nos olivais da encosta,
risos e perguntas de criança, sem resposta;
...Real imaginário no alto da penha.

Lá, onde a civilização não chega,
onde Deus reina na plenitude da origem,
onde os animais falam com a Mãe Virgem;
Lá, onde o coração do poeta se aconchega!

No meio da multidão tive essa vertigem,
ao ouvir cantar a cirraga e o pirilampo cantar,
ao ver o menino pobre sorrir, a sonhar;
...No meio do devaneio, sem caligem.


Fernanda

Wednesday, August 08, 2007

CREPÚSCULO DA VIDA

Eu, numa pedra sentada,
já um tanto musguda,
observava aquele lento caminhar
de uma figura no crepúsculo da vida,
que há muito havia feito a partida,
mas que conservava jovialidade no olhar.

Tinha os trabalhos vincados
nas rugas do seu rosto,
senil, longe de ser mosto,
no seu corpo encurvado,
cambaleante, pela bengala amparado.

Vinha de longe, de muito longe...
e continuava a caminhar...

Mas, vi-o parar.
Parecia-me que algo sacudia.
Talvez o capote que trazia.

Sim.
Estava a sacudir a poeira acumulada
ao longo da grande caminhada.

Tinha o seu fado
nela gravado.

Olhou para trás.
Tinham desaparecido
os seus pesados passos,
na fugacidade dos traços.
O tempo havia morrido!

Baixou o olhar.
Depois voltou-se.
Deu mais umas passadas.
Fazia muito calor.
Escorria-lhe o suor.
Suspirou.
Levou a mão ao bolso.
Um sujo e velho lenço puxou.
Ou farrapo, talvez!
levou-o à testa,
secando-a um pouco.

Afogou nela a sua mágoa.

Esgueirou-se.
Olhou o futuro.

Mais uma vez, lançou
um olhar sobre o passado.
Pela primeira vez, o sorriso se soltou.
Devia estar a recordar
0 bem-aventurado passado,
passado que só a recordação
pode guardar!

Ajeitou o capote.
Novamente sorriu.
E em feliz palpitar,
mesmo a cambalear,
lá se foi, lá partiu.


Fernanda

Sunday, August 05, 2007

ERA UMA VEZ

Era uma vez...
uma vez... a história fez
uma menina de tranças douradas,
com riso de céu e brilho de mar,
que o globo inteiro queria enlançar,
com suas maravilhas pintadas.

Não era uma menina vulgar...
Vinha lá de cima, do luar,
do sonho enorme do seu pequeno universo,
da nobreza de um mágico verso.

Poisou os pés na Terra.
Logo a ouvio lamentar.
Estava amedrontada. Estavam-na a matar.

Sem entristecer,
cortou um pouco da sua trança direita.
Ofereceu-a à Terra.
Esta, desconfiada,
pensava no que a petiz estaria a trambicar.
Mas, a menina, adivinhando o que ela
estava a pensar, acalmou-a:
-Nada tens a temer.
A outra, em palavras meias:
-Obrigada.
Com vozinha doce, a menina:
-Não ma agradeças.
Sei que estás a precisar!
Admirada, ainda duvidou.
Para que seria tamanha generosidade?
Perguntou:
-Serás um anjo do Céu?
Respoudeu:-Só o coração é do tamanho do céu.

A terra ficou desassombrada.
Sentia-se aliviada.
Exclamou:
-Obrigada, nobre menina!
Sem se envaidecer:
-Isso nada é.
Espalharei pedacinhos do meu ouro,
até nada ter.
Rejubilará no Homem vindouro.
O cabelo volta a crescar!


Fernanda

Monday, July 30, 2007

____________Vénus a Deusa do Amor_________

As lições de Vénus, são de esperança.
Esperança, que nós encontremos a passagem para o amor verdadeiro e consciente, que se transforma na própria essência de beleza, em torno do qual gira tudo o mais na vida.
Ela, aprende a seguir o amor como a Estrela-Guia, que nos conduz. Assim, vive a satisfação natural de ser capaz de transformar os nossos sonhos em realidade.
A nossa qualidade de vida vem da força interior, que se decide seguir. Se, aprendermos a descobrir a suave direcção de Vénus, a nossa vida se abrirá como as belas pétalas de lótus florescendo, á quente luz solar da harmonia Cósmica.
Em tudo o que fizermos, qualquer caminho que seguirmos, perceberemos que a verdadeira medida do nosso valor, é a nossa capacidade de nos harmonizarmos conoscos mesmo e com o mundo, que estamos permanentemente ajudando a criar.
Começaremos a entender que o amor é o único atributo que faz a humanidade atingir a igualdade. E sentirmos dentro de nós uma gratidão tão avassaladora que a profundidade e a amplitude de felecidade e da alegria, que emana de tudo o que fazemos, se tornará uma benção para tudo e todos, que cruzarem a nossa vida.
Quando realmente, descobrimos o caminho do amor, descobre-se a cada dia, cada mês, cada ano, que a nossa vida aumenta em brilho, cresce em saboderia, e atinge as proporções equilibradas que nos proporciona uma felecidade duradoura.
Aprendemos a diferenciar entre a falsa expressão, que sempre trazemos conosco, uma aura de desespero e insatisfação, e a verdadeira luz do amor que, como chama de esperança, que ilumina para sempre o caminho, guiando os nossos sonhos e fazendo concretizar a união entre a beleza interior e a exterior.
Ao percebermos isto, abrimo-nos para a unidade do AMOR, o anjo dívino que nos conduz para as escolhas certas e as decisões corretas.
Pode-se fazer o que for na vida; se for feito da melhor forma possível, acabaremos, por gostar do que fazemos, com o tempo, esse AMOR aprimora os nossos esforços, dá mais nitidez ás nossas percepções e aumenta o nosso senso de realização na vida.
O AMOR é o tesouro de todos nós, a preciosa beleza da qual todos fomos formados. É a maior coisa que podemos partilhar, com os outros e o maior reservatório da verdade e beleza que podemos descobrir sózinhos.

Fernanda

Thursday, February 15, 2007

Amor


Não confundir o amor com a paixão,
dos primeiros momentos,
que pode desaparecer.
O verdadeiro carinho cresce na medida,
em que os dois estão mais unidos,
porque partilham mais.
Mas para partilhar é preciso dar.
Dar é a chave do amor.
Amor segnifica sempre entrega,
dar-se ao outro.
Só pelo sacrifício se conserva,
o amor mútuo.
Porque é preciso aprender a passar,
por alto os defeitos, a perdoar,
uma e outra vez, a não devolver,
mal por mal, a não dar uma importância,
a uma frase desagradável, etc.
Por isso o amor também significa exceder-se,
fazer mais do que é devido.


Fernanda,9 de Fevereiro de 2007